7 lugares imperdíveis no Centro Histórico de São Paulo
Que tal se programar para um passeio pela região central? Ver o lugar onde a cidade começou e perceber como foi evoluindo até se tornar uma metrópole, no começo do século 20, até se reinventar e se consolidar como uma das metrópoles mais vibrantes do mundo. Fizemos um roteiro que pode ser percorrido a pé, a partir da Praça da Sé (se preferir chegar de carro é melhor deixar o veículo estacionado e fazer o percurso a pé, já que as distâncias são pequenas) com muitas atrações – inclusive paradas para um café ou almoço – numa distância de poucos quarteirões.
Praça da Sé – Catedral da Sé

Este é o marco zero da cidade, o local a partir do qual as distâncias são calculadas – inclusive a numeração das ruas e a quilometragem das rodovias que partem da capital. A praça é belíssima, com suas palmeiras e estátuas e a vista da Catedral da Sé é incrível. A catedral, aliás, merece sempre uma visita, seja você religioso ou não. Construída entre 1912 e 1954, foi desenhada em estilo neogótico, mas tem vários elementos decorativos que remetem às riquezas naturais e economia brasileiras, como cacau, café e animas da fauna brasileira.
A visita é gratuita, mas para visitar a cripta, onde estão sepultados personagens importantes da história de São Paulo, como o cacique Tibiriçá, o líder da vila fundada pelos jesuítas em 1554, o padre Feijó, regente do Império, e vários arcebispos de São Paulo. A visita é guiada e os ingressos podem ser comprados numa bilheteria do lado esquerdo do altar.
Uma vez por mês é realizado um brunch, que inclui uma visita às torres.
Pateo do Collegio

A apenas dois quarteirões da Sé, saindo da catedral e saindo pelo lado direito da praça, está o Pateo do Collegio, onde São Paulo nasceu. O local transpira história e uma construção de paredes brancas, embora não seja original, é a reprodução fiel das primeiras casas edificadas na vila fundada pelos jesuítas. Além de admirar e tirar fotos na praça, é possível visitar o Museu Anchieta, com acervo de arte sacra e a história de São Paulo – ou a Vila de Piratininga, seu nome original –, fundada pelos jesuítas. Ou ainda apreciar toda essa história de um modo mais confortável: sentado num café, saboreando deliciosas broas de milho, macias e perfumadas. O local também serve almoço e abre também aos domingos.
Praça Pateo do Collegio, 2
Café: de terça a sexta, das 9h às 16h30 e sábados e domingo das 9h às 16h30
CCBB

Continuando o roteiro, atravesse o calçadão e depois vire à direita. Você vai encontrar o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), um espaço incrível que reúne exposições, filmes, música e teatro. O prédio em si já vale uma visita – e não é preciso pagar nem pegar fila para entrar. O casarão foi construído em 1901, comprado em 1923 pelo Banco do Brasil e reformado pelo arquiteto Hippolyto Pujol para servir como a luxuosa sede paulista do Banco do Brasil. Em 2001, virou a sede paulista do CCBB. As exposições são gratuitas e a parada para um café, no térreo, admirando o saguão, é uma boa pedida. Tem ainda um espaço com mesas na calçada e um restaurante no terceiro andar.
Endereço: Rua Álvares Penteado, 112, esquina com Rua da Quitanda
Tel: (11) 3113-3651
Aberto de quarta a segunda, das 9h às 21h
Mosteiro de São Bento

Seguindo o nosso roteiro, basta andar um quarteirão, até a Rua São Bento, que já dá para ver o mosteiro, lá no fundo. Se for direto, é só descer na estação São Bento do metrô. O local onde está instalado o mosteiro está no início da história de São Paulo, já que ali ficava a taba do cacique Tibiriçá. Em 1600 o prédio foi doado pela Câmara aos monges beneditinos. A construção atual é a quarta, realizada entre 1910 e 1912 acompanhando o rápido desenvolvimento que São Paulo experimentava naquela época.
O destaque da igreja de São Bento, além da arquitetura e da rica decoração, é a missa com órgão e canto gregoriano. As missas com canto são realizadas de segunda a sexta, às 7h, e sábados às 6h. Mas a mais concorrida é aos domingos, às 10h, com canto e órgão.
A igreja tem ainda uma outra atração: uma lojinha que vende produtos feitos pelos monges, como pães, biscoitos e geleias. E, no último domingo de cada mês, um concorrido brunch no mosteiro.
Largo de São Bento, 48
Tel. para o brunch: (11) 94075-0593
Farol Santander

Pegando o caminho de volta para o Viaduto do Chá estão os dois próximos edifícios, símbolos da São Paulo do café, na Praça Antonio Prado.
Batizado oficialmente de Altino Arantes, o edifício que durante décadas foi conhecido como Banespão ficou alguns anos fechado e reabriu, rebatizado de Farol Santander, em janeiro de 2018 e tem uma história bastante curiosa, alinhada com o desenvolvimento econômico da capital paulista. Na década de 1930, o interventor e depois governador Ademar de Barros queria uma cópia do Empire State Building, de Nova York, um edifício que mostrasse ao mundo a riqueza de São Paulo, na época a cidade que mais crescia no mundo.
Inaugurado em 1948, o prédio foi considerado a maior estrutura em concreto armado do mundo, já que os arranha-céus americanos eram feitos de aço. Com 161 metros de altura, até 1960 era o edifício mais alto do Brasil. Em sua nova fase, abriga um museu com a história da economia de São Paulo e do banco, exposições, uma pista de skate e um café no mirante, que foi reaberto com proteção de vidro nas laterais. A partir de fevereiro terá também um bar no subsolo, onde ficava o cofre do banco. Sugestivamente batizado de Bar do Cofre. O ponto negativo é que é preciso comprar ingresso para subir ao mirante, com horário marcado. Em alguns horários é possível conseguir ingresso na hora. Não custa tentar.
Rua João Bricola, 24
Horário de funcionamento: de terça a sábado das 9h às 20h e domingo das 9h às 17h
Link para comprar ingresso: https://www.ingressorapido.com.br/event/6368
Edifício Martinelli/Casa Mathilde

Primeiro arranha-céu de São Paulo e edifício mais alto da América Latina entre 1934 e 1947 (quando perdeu o posto para o Altino Arantes), o Martinelli é um dos prédios mais interessantes do Centro Histórico. Construído pelo imigrante italiano Giuseppe Martinelli – que teve problemas financeiros e depois acabou perdendo o prédio para os bancos –, passou por um período de decadência nos anos 1960 e 1970 até que foi desapropriado pela Prefeitura, em 1975. Totalmente restaurado, hoje é ocupado por secretarias municipais e não é aberto à visitação, a não ser em programas especiais. Existe, no entanto, um local de onde se pode ter uma vista incrível do prédio: a Casa Mathilde. Esta doceria tem dezenas de receitas tradicionais portuguesas – embora tenham se instalado no local há poucos anos – e é o local ideal para parar, tomar um café e apreciar a vista, especialmente do mezanino na sobreloja. O único ponto negativo é que o local não abre aos domingos.
Praça Antonio Prado 76
Segunda a sexta, das 9h às 19h30 e sábado das 9h às 16h30
Theatro Municipal

O Theatro Municipal de São Paulo veio responder a um constrangimento da São Paulo da virada do século 20: como uma cidade tão rica, a capital do café, não tinha um teatro à altura do seu poder econômico? Assim surgiu o Theatro Municipal, inaugurado em 1911, todo construído com ferros e vidros importados e com uma programação artística de destaque. E a presença de toda a elite da época. Os cronistas contaram com orgulho que a inauguração marcou o primeiro congestionamento de automóveis da cidade, porque todos queriam ser vistos descendo de seus veículos, uma novidade na época. Até hoje o teatro impressiona, e sua arquitetura pode ser observada nas performances artísticas ou nas visitas guiadas. Até o fim do janeiro, o teatro oferece visitas guiadas gratuitas de hora em hora, inclusive nos fins de semana.
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Praça Ramos de Azevedo, s/nº
Bilheteria: tel 11 – 3053 2090
